Num país que era um jardim, onde os rios cantavam a caminho do mar, e onde o céu era de um azul intenso, a poesia era tão natural que parecia existir independente dos seres humanos. Mas uma «Menina» apaixonada pelo mar e por tudo o que existia na natureza quis fazer sua a Poesia, quis ser ela própria a Poesia, vestindo-se de colares de búzios, de corais, de conchas, de estrelas-do-mar. Deu-se então o casamento entre ela e a Poesia, que fez habitar em livros, para crianças e para adultos.
Mas a Poesia, sabia-o ela, com o nome de Sophia, que significa «Sabedoria» na sua origem grega, não é apenas uma questão de palavras e de silêncios… É também uma questão de ética, de Justiça, de intervenção cívica. Poesia, sabia-o ela, e deixou-o escrito na sua vida, como na sua obra, é sermos todos irmãos, no grande mistério do universo e dos deuses que acompanham cada um dos nossos passos.